segunda-feira, 12 de maio de 2025

O robô amalucado e as leis de Asimov

*Publicado nesta data em Coletiva.net

Pensei que jamais veria a cena que viralizou nas redes sociais na semana passada: um vídeo mostra um robô humanoide fora de controle, agindo de forma agressiva contra engenheiros em uma fábrica da China. Durante uma fase de testes, o robô, um Unitree H1, entra em colapso e começa a se mover violentamente, atingindo um dos profissionais e derrubando equipamentos. A máquina só foi contida ao ser desligada.

 O episódio reacendeu o debate sobre a segurança dos robôs humanoides em ambientes de trabalho e, sobretudo, sobre o que o futuro nos reserva na relação homens x máquinas.  De imediato, internautas compararam o robô ao "Exterminador do Futuro" e  projetaram  uma revolta das máquinas, hipótese que os especialistas no tema descartam.  Nesse contexto, vale lembrar a advertência de mais de 300 cientistas, feita há dois anos, sobre o impacto da Inteligência Artificial no nosso cotidiano e a necessidade de mitigar potenciais ameaças à raça humana pelas novas tecnologias.  A atitude do Unitree H1 seria um aviso de que o apocalipse está chegando? Existiriam outros episódios dos quais não tomamos conhecimento?

A verdade é que o robô amalucado teria contrariado as três Leis da Robótica, formuladas por Isaac Asimov. No livro  “Eu, robô”  Asimov já previa - em 1950! - um mundo onde robôs e seres humanos coexistiriam, sendo as Leis da Robótica formas de prevenir riscos do avanço da IA sobre a humanidade. As três leis:

1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal

2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei

3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis

Em outra obra, “Robôs e Império”, Asimov cria uma quarta lei, denominada de Lei Zero, reforçando os preceitos das leis anteriores:

Lei Zero: Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal

“Eu, Robô” chegou ao cinema em 2004, com Will Smith de protagonista, mostrando robôs usados como empregados dos humanos em 2035 – daqui a dez anos, portanto. Mesmo dotados de um código que impede a violência, um importante cientista é morto e as suspeitos passam a ser os robôs. O filme está disponível no Disney+.

Tive contato com a obra de Asimov nos anos 1970, na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Ufgrs, por indicação do professor Marcelo Casado de Azevedo, um homem adiante de seu tempo, que introduziu para os futuros jornalistas os fundamentos do que, na época, se conhecia por Informática.

Mais de 50 anos depois, o debate sobre o nosso futuro sob o impacto da IA  está posto e cada vez mais aprofundado, mas, por enquanto, gerando mais dúvidas do que certezas. A todas essas, o temor deve ser com outra lei, a de Murphy e seu teor negativo: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”.

 

 

sábado, 10 de maio de 2025

REFLEXÕES PÓS-CONCÍLIO, MAS NADA ABENÇOADAS

1. Mas o que apareceu de vaticanistas nos últimos dias!

2. Constatação vaticanista: Francisco pontificou sob a sombra de Bento 16; agora esperam que Leão XIV seja igual a Francisco.

3. Do Whatsapp ao lado: “Já passei por vários papas e só uma Ilze Scamparini!”

4. Passou a ser politicamente incorreta a expressão “matou um leão por dia”.

5. E dizer que o Trump tinha se fantasiado de papa, antevendo a eleição de um americano.

6. Ouvido na arquibancada ao lado: “Ser gremista é uma maravilha. Pena são os jogos!”

7. Quem disse que a Copa Sul- americana ia ser barbada?

8. Pergunta que não quer calar: “Por que falam que o trabalho de Roger é como uma Coca-Cola?”

9. Ouvido na arquibancada ao lado 2, de torcedores desalentados: “Existe vida além do futebol?”

10. Se eu revelar que sou do tempo em que o NH se chamava Floriano vocês vão dizer que ...

11. E se eu revelar que assisti a jogos no estádio do Renner, na Sertório, e que joguei na Colina Melancólica, do Cruzeiro, onde hoje é o Cemitério João 23...

12. Situação de vulnerabilidade”, novo status, politicamente correto, para o pobre.

13. Só falta alguém postar aqui: “Essas reflexões estão muito em situação de vulnerabilidade.”

14. Que sina dos primeiros mandatários da nação. No poder, vivem ameaçados de impeachment.

14.1. Fora do poder, vivem ameaçados por ordens de prisão.

15. Supremo não significa Onipotente. Se assim fosse, a sigla do tribunal seria OTF.

16. Na queda de braço com o STF, a Cãmara devia dar de goleada: são 513 deputados contra apenas 11 ministros.

16.1. Só que o voto dos capa preta é, digamos, mais qualificado, embora estejam lá só pelo voto de quem os indicou.   

17. Já a negociação do governo com os deputados é bola no Centrão e segue o jogo.

18. Constatação: a Janja e suas viagens rivalizam com o escândalo do INSS na depreciação do governo Lula.

19. O chato destas postagens é ter que numerar uma a uma. Que saco!

20. “Não tenho filhos, nem netos feios”, dizia, orgulhosa, a saudosa dona Thélia, minha mãe.

21. Mãe sempre tem razão!

22. Que seja um Dia das Mães nutritivo e afetivo para todos nós!

segunda-feira, 5 de maio de 2025

A insegurança nossa de cada dia

*Publicado nesta data em Coletiva.net

A pauta dominante da próxima campanha eleitoral vai ser a Segurança Pública. Recente levantamento indica que das 25 cidades mais perigosas de todo o mundo pelo menos seis são brasileiras. Começa, é claro, pelo Rio de Janeiro na sétima posição, com Fortaleza em nono, Salvador em décimo, Recife na posição 13, Porto Alegre na 23 (olha nós aí) e São Paulo na 25.  Nada a comemorar.

Nas pesquisas de opinião a  insegurança nossa de cada dia tem aparecido com frequência entre as maiores preocupações dos cidadãos, senão a maior. O alerta aparece com mais força, sobretudo, nos períodos eleitorais. Em nível nacional, vai rivalizar certamente com as fraudes contra os aposentados, mas essa é outra história escabrosa.

Enquanto isso, o governo federal não consegue adesão da maioria dos governadores à PEC da Segurança Pública, já apelidado de SUS da Segurança Pública pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o que, convenhamos, não é uma comparação muito positiva, se levarmos em conta todos os problemas do SUS original, o da Saúde.

Enquanto isso, os governadores contrários às propostas da PEC temem a intervenção federal nas suas polícias militares. A não adesão dos estados, dificulta, sobremaneira, a integração entre as forças de segurança e o acesso a uma ferramenta fundamental para o combate ao crime:  um banco de dados nacional unificado que identifique a bandidagem em todos os níveis.

Enquanto isso, as facções criminosas mandam nos presídios e dominam vastos territórios fora deles e o caso do Rio não é o único exemplo. Além disso, tem representantes infiltrados nos executivos, nos legislativos e até no judiciário, sem contar a profusão de policiais envolvidos em grandes e pequenas contravenções.

Enquanto isso, o ministro Lewandowski reclama do corte de R$ 500 milhões no orçamento da sua pasta, atingindo especialmente o Fundo Nacional de Segurança Pública.  A “penúria total”, segundo ele, vai limitar o financiamento dos projetos nesse setor, tão necessários no momento. A bandidagem aplaude.

São tantos os desafios pela frente e a tarefa tão gigantesca que exige a participação de todos os poderes. Assim, os legisladores deveriam se preocupar mais com a Segurança Pública e menos com a liberação das suas emendas; os magistrados e o ministério público menos com ganhos extras e mais com o rigor no cumprimento das leis; o governo Lula menos com os conflitos no exterior e mais no enfrentamento à verdadeira guerra civil da insegurança no nosso dia a dia.

Um bom começo é acabar com a impunidade e a leniência com os grandes meliantes, os do poder público e os do privado, além de dar fim ou reduzir o prende-solta nos escalões mais baixos, o que contribui para a reincidência, a insegurança e a violência nas ruas.

Só não dá para esperar até a próxima eleição ou que os novos governantes tomem posse para agir de fato e com firmeza contra a criminalidade. Ou então o poder paralelo dos PCCs e afins vai, afinal, se sobrepor de fato aos poderes constituídos.

 

quinta-feira, 1 de maio de 2025

REFLEXÕES PARA TRABALHADORES E TRABALHADORAS

1.. O feriado de 1º de maio é pelo Trabalho ou pelo Trabalhador?

1.1. Pelo Trabalho não teria feriado; já o Trabalhador não ganha dobrado se folgar.

1.2. Feriado incoerente.

2. Já eu sou a favor da Zona...de conforto!

3. Bah, e não veio nenhum mimo pelo Dia do Sogro/Sogra.

4. Mano Menezes continua invicto no Grêmio: nenhuma vitória até agora.

5.E esse negócio de ressuscitar o Felipão me parece pensamento mágico. 

6. Acorda, Grêmio!

7. Do Whatsapp ao lado: Inter vai entrar com recurso. Apesar da regra de pelo menos um pênalti por partida ter sido mantida na terça-feira. Alega que penalidade não convertida  não conta. 

8. Sou do tempo em que Cartola era dirigente de futebol e não site de apostas.

9. Nova e Desimportante Mãe de Todas as Batalhas: Contra e a Favor da Camisa Vermelha na Seleção.

10. Cá entre nós: que besteira essa ideia de adotar uma camisa vermelha para a Seleção.

11. Plagiando a pergunta dos democratas sobre Nixon: “Você compraria um carro usado do Carlos Lupi .

12. Impressionante a resiliência dos ministros corruptos no governo Lula!

13. Ou seria resistência?

14. Governabilidade, quantas maracutaias cometidas em teu nome!

15. Bah, não aguento mais ver na TV aquelas reproduções de recortes de leis e notas oficiais ilustrando matérias.

16. Dúvida na TV: quem tem recebido mais espaço no JN: STF ou ABL?

17. Nova e Inexorável Mãe de Todas as Batalhas: contra e a favor de Miriam Leitão na ABL.

18. Ouvido na Mesa ao Lado: desse jeito a Academia virou sucursal do Projac.

19. Da série Criaturas que o Brasil esqueceu: onde anda o Mandetta? E o Joaquim Barbosa? E o Joao Dória?

20. Por um feriado pegando leve, roguemos com fervor.


segunda-feira, 28 de abril de 2025

De Bergoglio a Francisco

 Texto publicado em Coletiva.net em 20/04/2020, há 5 anos, portanto, mas que continua atual e que decidi resgatar agora que a Igreja Católica se mobiliza para a sucessão de Francisco.

De perto ninguém é normal, canta Caetano Veloso. Nem o Papa, acrescento eu.  Pelo menos é o que deduzi pelas revelações do cineasta  Fernando Meirelles, diretor do ótimo Dois Papas, no programa Manhattan Connection de 9 de fevereiro. Contou ele  que, ao pesquisar  na Argentina  para o roteiro do filme, conheceu um Bergoglio diferente da imagem que Francisco adotou e que a mídia propaga agora. Autoritário e pouco amistoso, assim era descrito por quem conviveu com ele na arquidiocese de Buenos Aires.  As pessoas próximas não gostavam dele, afirmou claramente Meirelles, nada lembrando o simpático jesuíta de hábitos simples, conhecedor  das favelas e torcedor do  San Lorenzo.

Apesar das revelações, Meirelles foi um tanto condescendente na abordagem do filme sobre a atuação de Bergoglio, quando superior dos jesuítas na Argentina, no episódio em que dois padres da ordem são presos e torturados pela ditadura daquele país. O cineasta não chega  a falsear os fatos, como uma Petra Costa em Democracia em Vertigem, mas não aprofunda o ocorrido e  de alguma forma até justifica a proximidade do superior jesuíta, então de perfil conservador, com um dos ditadores militares nos anos de chumbo da Argentina. Assim conseguiu proteger seus discípulos mais combativos, segundo versão oficial. A irmã de um dos sacerdotes torturados (Orlando Yorio) afirma, porém, que Bergoglio teria deixado os dois totalmente desprotegidos  naquele período autoritário. O outro jesuíta, Franz Jalics, absolve Bergloglio, com o qual já se reconciliou, como mostra o filme.

Interessante registrar que outro filme, a coprodução da  Argentina, França e Espanha de 2012, Elefante Branco , conta uma história muito semelhante à vivida pelos padres engajados, ambientada numa favela da periferia de Buenos  Aires. É estrelado pelo sempre presente Ricardo Darin, que protege um padre de origem francesa, perseguido pelas forças de segurança, enquanto a autoridade eclesiástica não ampara  os religiosos locais na luta cotidiana contra a miséria, a violência  e suas consequências no território onde atuavam.  Fica a dúvida se o representante do alto clero seria Bergoglio ou, se na verdade, ele encarnaria o personagem de Darin, atuando em situações parecidas como as da vila periférica, conforme descritas em Elefante Branco.

Estaríamos diante de um papa marcado por contradições, de origem conservadora no início da vida sacerdotal, agora progressista, tanto nas questões sociais  como dogmáticas? É preciso reconhecer que o papa já não  sustenta  aquela autoridade capaz de garantir obediência  cega de todo o  rebanho católico.  Aliás é entre os católicos, inclusive da hierarquia, que Francisco enfrenta as maiores resistências às mudanças que pretende implantar. Nem o dogma da infalibilidade papal em questões de fé é considerado pelos contestadores, entre eles fortes setores mais conservadores do catolicismo da Alemanha e dos Estados Unidos,  de onde vem as maiores contribuições para a manutenção e as obras sociais da Igreja, o que  pode gerar uma crise nas finanças do Vaticano.

Já atuei numa instituição ligada a estrutura da Santa Sé, a Cáritas Internacional, mas não  me tomem por vaticanista, embora considere a expressão muito charmosa e dignificante. Como sempre e para me eximir de outras responsabilidades, me apresento como um observador do quotidiano,  e nessa condição constato que  o  Santo Padre de santo não tem nada. É  tão humano como a turista inconveniente que recebeu uns tapas na mão ao puxá-lo numa caminhada junto ao povaréu. Quem também se frustrou no contato pessoal  com Francisco foi o já citado Meirelles. Presente em uma audiência de personalidades no Vaticano, ele conta que o Papa não deu a mínima  quando, num breve diálogo, falou sobre o filme que estava produzindo.

Os dois episódios, contudo, só reforçam a dimensão humana do Papa e é essa dimensão que o torna distinto em meio a pompa e circunstância que o cerca como sucessor de Pedro. Graças a isso, Francisco se posicionou e reposicionou a Igreja Católica nas manifestações e iniciativas diante da tragédia que se abateu no mundo todo, mas particularmente na Itália, com a pandemia da Covid-29. As exortações papais, nem progressistas nem conservadoras neste caso, mas plenas de compaixão, solidariedade e defesa da vida, voltaram a ser respeitadas e acatadas, até mesmo por não católicos.

As imagens das celebrações da quaresma, sem a presença de fiéis, tiverem a força dramática de emocionar audiências em todo o mundo, mais do que se ocorressem do modo tradicional, repletas de público na praça e na  Basílica de São Pedro. Eis aí, ressalte-se também, uma vantagem dos católicos sobre as outras igrejas: tem um líder reconhecido, de uma linhagem de mais de dois mil ano. Além disso, o carismático pontífice já mostrou que é bom de comunicação.

Talvez seja esse momento de aflição da humanidade e do seu rebanho em particular, que ajude Francisco a ganhar um novo alento para levar adiante um papado que se propõe renovador. Com as bençãos do Espírito Santo, como creem os católicos.


domingo, 27 de abril de 2025

REFLEXÕES DOMINICAIS NADA ABENÇOADAS

1. Brasília promoveu a Papatur: maior delegação oficial aos funerais de Francisco. Vinte autoridades!

1.1. De fazer inveja à CVC.

2.  Um governo só termina quando acaba.

2.1. Será mesmo?

3. Bobagem da postagem ao lado: A Ilza Scamparini trabalha em Rome Office.

4. Já a charmosa Bianca Rothier teve que deixar de lado sua coleção de echarpes e lenços coloridos para a cobertura do funeral papal.

4.1. Sabem o que isso significa? Nada!

5. Tem repórter e âncora que adoram pronunciar Santa Maria Magggiori ...Madgiori e variações.

6. Da série primeiras-damas: existem segundas, terceiras...?

7. Com esse negócio de prender ex-presidentes, Michelle já pensa em se asilar no Peru.

7.1. Questão de reciprocidade...

8. Nova Mãe de Todas as Batalhas: Golpe no INSS é no governo Lula x Golpe no INSS começou no governo Bolsonaro.

9. A Justiça tarda, mas não falha, mas como tarda: só agora Collor foi  preso por corrupção. 

10. Suspeito que a pena proposta pelo calvo Xandão à cabelereira seja uma vingança capilar...

10.1. Aliás, Xandão nem pode se descabelar de tanta pressão que vem sofrendo.

11. Daqui a pouco vai ter mais sites de aposta do que farmácias São João e lojas para pets.

12. Flagrantes da vida real: o carro tem vidro fumê e o motora insiste em buzinar e espera ser reconhecido...

13. Ouvido na mesa ao lado: "Só para parecer moderninho, agora só anda de patinete!"

14. A única certeza deste momento é que temos um futuro incerto pela frente.

15. Cruel ditado da Hora: Mais fajutas que as tréguas na guerra Ucrânia x Rússia.

15. Certo mesmo é que nesta segunda-feira Coletiva.net publica a semanal coluna deste reflexivo, com o instigante título De Bergoglio a Francisco. 


quarta-feira, 23 de abril de 2025

REFLEXÕES RESPEITOSAS NO DIA DE SÃO JORGE

1.Da série Dúvida Cruel: por que chamam de São Jorge quem pega mulher feia?

2.Da série Ouvido na Mesa ao Lado: “Não sou São Jorge, mas já matei muitos dragões!”

2.1. Quem nunca?

3. Empate épico ou dois pontos perdidos, ontem no Beira-Rio? 

4. Vermelhos já estão preocupados com a uma possível Síndrome de Roger, acometendo o time: larga bem, mas depois começa a  cair.

4.1.Só pra lembrar: Inter não vence há três jogos.

5.  Daria um dedo para ter acesso às conversas de bastidores no STF nesses dias de julgamentos do 8/1.

6.Será que bate um ciuminho nos doutos ministros com o excessivo protagonismo de Alexandre de Moraes na corte?

7.O que maios me impressiona no Vaticano é a guarda suíça, com aqueles uniformes que lembram o Madureira, time carioca,

9.Ditado da Hora: Mais repetitiva que cobertura do funeral do papa.

9. Dúvida da mesa ao lado: “Quantos papas a Ilze Scamparini já enterrou?”

10. Da série Confissões: não me convidem para a mesma mesa de uma torta fria...

11. Vem ai um frio gostoso! Uma ova. Podem ficar com a minha parte.

12. Hoje é também o Dia Mundial do Livro. Saudação aos leitores de fé e aos escritores de verdade.

13. Hosanas: acabou o BBB 25.


sábado, 19 de abril de 2025

REFLEXÕES EM DIA DE GRENAL E VÉSPERA DE PÁSCOA

1.Grêmio inscreveu Fernando Lázaro como auxiliar técnico para o Grenal.

1.1. Pode ser que assim ressuscite amanhã. 

1.2. Aliás, bem apropriado para a véspera da Páscoa.

2. Na verdade, o Grêmio joga por um resultado apenas: não ser goleado.

3. Depois de um Quinteros alienígena, Grêmio vai optar por um técnico mais familiar, um verdadeiro Mano.

4.Que rolo essa história do asilo para a ex- primeira-dama do Peru!

4.1.É Hum Mala mesmo!

5. Rolo maior só a retaliação do Xandão, interrompendo o processo de extradição de um traficante búlgaro pedida pela Espanha.

5.1. Xandão, sempre ele. 

6. A bela Aline Midjet, ancora sazonal no JN, tem a maior coleção de penteados da TV brasileira, quiçá mundial.

6.1.Disputa acirrada com os lenços e echarpes de outra bela, a Bianca Rothier. 

6.2. Mas nada bate a coleção de “s” daquela moça que chia nas matérias da sucursal de Londres.

7. Os veteranos detestam feriadões porque não tem filas para frequentar e interagir com outros veteranos.

7.1. Por sinal, veterano conta o tempo pelas cartelas de remédio. Quando terminam, lá se foi mais um mês.

9. Relembrando Miniconto by Cezar Arruê:

- Tu é ele ou ela?

- Ela, respondeu ele.

10. Do Whatsapp ao lado: “Jesus Cristo viveu 33 anos, mas o Oliboni interpreta Ele há mais de 40 anos. Parece o avô de Cristo...” (By N.S.)

11. Filosofada na Mesa ao lado: “E se tudo for apenas um sonho?”

12 .Reflexões adverte: não levem essas reflexões tão a sério.

13. É bom um feriadão, né?! E que o coelhinho seja generoso, especialmente com a criançada.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Tudo começou há 130 anos

 *Publicado nesta data em Coletia.net

Apontamentos históricos dão conta de que o futebol de várzea surgiu no Brasil por São Paulo no início dos anos 1900, junto com a popularização do esporte no país. Os primeiros registros da prática são da região da Várzea do Carmo, na região do Brás, às margens do rio Tamanduateí, já indicando a origem do termo futebol de várzea. A   primeira partida oficial em São Paulo – e consequentemente no país – foi organizada por Charles Miller, considerado o pai do futebol no Brasil. Ocorreu  no dia 14 de abril de 1895, portanto há exatos 130 anos, reunindo os trabalhadores da Gas Company of São Paulo e os ferroviários da São Paulo Rallway, time de Miller, que venceu por 4 x 2. 

A elite passou a praticar o esporte nos clubes fechados, como o Clube Atlético Paulistano que conseguiu da Prefeitura de São Paulo,  em 1901,a transformação do antigo velódromo da cidade em um campo de futebol. Clube frequentado pelas elites, o Paulistano só permitia o acesso ao local dos times ligados aos ricos proprietários e industriais emergentes. Já os   trabalhadores das periferias batiam sua bolinha nos campos improvisados, terrenos baldios, praças abandonadas, enfim, em qualquer espaço que pudesse congregar os jogadores e uma bola. 

Surgiu daí o termo várzea, associado àquela prática dos operários. Várzea vem do latim “vallis”, que significa vale ou planície, sendo utilizada para se referir aos improvisados campinhos de futebol, que ficavam em áreas alagadas ou às margens de rios. Com o tempo, o termo várzea ganhou uma conotação mais ampla e passou a ser usado como referência para os jogos de futebol fora do circuito profissional. Além disso, pode ser entendido também como pelada, incluindo futebol soçaite ou futebol sete, futebol de areia, futsal ou futebol de rua. Entretanto, o futebol de várzea raiz é onze contra onze, em campo gramado ou não, seguindo as regras da FIFA. 

Em São Paulo, principalmente os imigrantes italianos e portugueses tiveram um importante papel no início do futebol de várzea. Esses imigrantes, atraídos ao grande centro urbano desde a transição da escravatura para o trabalho livre, passaram a promover partidas informais nos momentos de lazer. Era  uma forma de desconectar do trabalho pesado, estabelecer novas amizades e fortalecer laços entre colegas e vizinhos. Havia, ainda, equipes formadas por mulatos e negros que viviam do trabalho informal. 

É válido supor que esse processo que favoreceu o crescimento do futebol varzeano em São Paulo tenha se reproduzido, ao final do século 19 e início do século 20, em outros centros urbanos.  A instalação de muitas indústrias atraiam contingentes de mão de obra, que seriam potenciais jogadores para  a grande quantidade de equipes que passaram a disputar suas partidas nas várzeas. 

Com o passar dos anos, o futebol de várzea cresceu e se consolidou como uma tradição nas periferias e bairros de todo o país. Times surgiram, rivalidades locais foram criadas e os torneios começaram a atrair torcedores apaixonados pela agremiação de sua região, fortalecendo os laços comunitários

Em Porto Alegre, bairros tradicionais e com grande concentração de trabalhadores, como Navegantes, Glória, Parthenon e, mais recentemente, a Restinga, foram importantes no surgimento de times amadores, que muitas vezes carregavam nomes e símbolos que refletiam os raízes culturais e sociais das comunidades que representavam.

Texto do livro Viva a Várzea – Segundo Tempo, que será lançado nesta terça-feira, a partir das 18 horas, no Chalé da Praça 15, no Largo Glênio Peres.  A obra reúne 16 autores e muitas histórias, além de resgatar competições que movimentaram o futebol varzeano. Essa é a escalação dos varzeanos que participam do Segundo Tempo: Ajax Barcellos, Caio Augusto Klein, Dante Turra Filho, Eduardo Alvarez Rodriguez, Eduardo Battaglia Krause, Felipe Vieira, Flávio Dutra, Juarez Fonseca, Leonardo Contursi, Luciane Lauffer, Mario de Santi, Michelly Nunes Santos, Piero D’Alascio, Sérgio Kaminski, Tadeu Oliveira e Vicente Dattoli. 


domingo, 13 de abril de 2025

REFLEXÕES DOMINGUEIRAS E LIGEIRAS, COM ALGUNS REPETECOS

 1. Hoje é o Dia Internacional do Beijo. O que não inventam! O dia, não o beijo. 

2. Conheço um sujeito tão pernóstico que trata a data como Dia Internacional do Òsculo.

3. Nova Mãe de Todas as Batalhas, parte 2: Gilmar Mendes x Sérgio Moro.

3.1.Consta que não tem mocinho nessa disputa.

4. Da postagem alheia sobre certos jogos do Grêmio: “Não via uma pelada tão feia desde a Playboy da Hortência”.

5. Da Postagem alheia 2: “O Brasil tem quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e o Alexandre de Moraes”

5.1. Já eu sou do tempo em que a Imprensa era o quarto poder!

6. Constatação: nos filmes mais antigos, os casais só faziam papai-mamãe.

7. Mais uma constatação: pior inimigo dos caminhantes solitários são os cachorros vira-latas.

8. Constatação 3: O principal anunciante da Globo continua sendo uma empresa chamada Globoplay...

9. Constatação 4: o Tony Ramos virou o porta-voz da Globo. Um ator com mais credibilidade que os jornalistas...

10.  E, enfim,  uma boa notícia: o BBB está terminando.

11. Saudade daquela sexóloga do Altas Horas!

11.1. Dava um caldo e tanto!

12. Da série Preciso Confessar: gosto de uma gordurinha localizada...

12.1. No churrasco, claro.

13.  Reflexões, quantas bobagens em teu nome!

14. Nesta segunda-feira celebra-se os 130 anos da primeira partida de futebol no Brasil.

14.1. Parte dessa história está contada no livro VIVA A VARZEA, segundo tempo, que será lançado na terça-feira no Chalé da Praça 15.

15. Bom churrasco a todos, com aquela gordurinha localizada.