A busca pelo melhor preço, por certo, deve ter sido resultado dos tempos de penúria,
quando o oficial da Brigada Militar, do qual se orgulhava, não era valorizado
nos seus salários, diferente de hoje. Além disso,
havia uma escadinha de filhos para alimentar, vestir e prover educação. Mas sobrevivemos todos, bem nutridos e bem
formados, àqueles tempos difíceis.
Pois, apesar de tudo, não enfrentei tantas
dificuldades graças aos esforços dos pais, mas a atenção às ofertas e promoções
passou à geração seguinte e me escolheu
para dar seguimento à prática. Comecei meio enviesado, escolhendo a cerveja e o
vinho nas gôndolas promocionais, mas muitas dores de cabeça depois,
passei a refinar os hábitos e escolher ofertas com padrões mais elevados. Nesse caso, o barato sai caro no dia
seguinte.
Hoje, registro com satisfação que algumas das minhas
melhores camisas azuis foram adquiridas
em promoções nas boas casas do ramo, como aquela que a etiqueta indicava custar
R$ 9,90, um preço tão ridículo que me vi obrigado a comprar junto um par de
meia a R$ 19,90 para não passar vergonha com as moças da caixa. Vale o mesmo para minhas jaquetas preferidas,
em quantidade maior do que preciso, mas
a maioria adquiridas sob impulso da palavra mágica – Promoção. No exterior, dou preferência aos outlets e
não tenho motivos para arrependimento.
Quem me conhece sabe que não sou mão de vaca, mas
sou compulsivo diante das rebaixas., como se vê. E tanto sou generoso que vou socializar a
oferta do fim de semana no Zaffari: vinhos da bodega Casa Silva, carmenere e cabernet sauvignon, de honestas vinhas chilenas, a R$
24,90. Levando dois, sai por R$ 22,90.
Levei dois, é claro.
Carmenére Casa Silva a 22 pilas? Bom demais!
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