segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A perda de um homem bom


Um homem bom, assim era o Lairson Kunzler que nós, seus amigos e admiradores, perdemos para o crime. Conhecia o Lairson desde os tempos do bairro Petrópolis – nossos pais foram contemporâneos e igrejeiros na Paróquia São Sebastião.  Depois, encontrava-o eventualmente ao trocar de carro – sempre dos usados – na Gaúcha-Car. Mais tarde firmamos uma sólida amizade quando a agencia da qual era diretor passou a atender a prefeitura.   O tempo havia passado, mas o Lairson não mudara, sempre gentil, cordato, pronto para um gesto generoso, acima do relacionamento profissional que se impunha.
Com frequência caminhávamos nos fins de semana pelo calçadão de Ipanema e aqueles 45 minutos de conversa, repassando os assuntos,  eram prazerosos e um dia ganho. Nossos almoços mensais deixaram um passivo:  por mais que tentasse nunca consegui pagar a conta e olha que existem testemunhas do meu esforço. “Nunca vais conseguir”, gracejava ele.
É verdade, nunca vou conseguir, mas não precisava ser dessa forma, meu bom Lairson.

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