Um homem bom, assim era o Lairson Kunzler que nós,
seus amigos e admiradores, perdemos para o crime. Conhecia o Lairson desde os
tempos do bairro Petrópolis – nossos pais foram contemporâneos e igrejeiros na
Paróquia São Sebastião. Depois, encontrava-o
eventualmente ao trocar de carro – sempre dos usados – na Gaúcha-Car. Mais
tarde firmamos uma sólida amizade quando a agencia da qual era diretor passou a
atender a prefeitura. O tempo havia passado, mas o Lairson não mudara,
sempre gentil, cordato, pronto para um gesto generoso, acima do relacionamento
profissional que se impunha.
Com frequência caminhávamos nos fins de semana pelo
calçadão de Ipanema e aqueles 45 minutos de conversa, repassando os assuntos, eram prazerosos e um dia ganho. Nossos almoços
mensais deixaram um passivo: por mais
que tentasse nunca consegui pagar a conta e olha que existem testemunhas do meu
esforço. “Nunca vais conseguir”, gracejava ele.
É verdade, nunca vou conseguir, mas não precisava
ser dessa forma, meu bom Lairson.
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